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Será? (Jocimar Pereira)

 Quantos sinais E não conseguimos enxergar A natureza revoltada A terra bagunçada Querendo nos alertar Terremoto balançando Nos tirando o próprio chão Geleiras derretendo O clima aquecendo Os alertas em vão Onde era frio tá quente Onde era quente esfriou Frio e quente acontecendo E o homem morno morrendo O grito da terra não escutou Mar revolto e tempestade Fumaça, fogo, poluição Um fogo destruidor Devastação com trator Filhos da ganância e ambição Consciente de sua atitude Destruidora e mortal O homem busca uma solução Buscando uma nova opção Vítimas do próprio mal Construindo novos abrigos Pensando que irão se livrar Fortalezas subterrâneas agora Para quando chegar a hora Poderem se abrigar Bankers são chamadas Às fortalezas construídas Provisão de água e alimento Para quando chegar o momento Assim pensam salvar suas vidas Os Bankers estão lotados É alimento que não cabe mais Muita gente passando fome Tanto alimento que não se consome A fome que tira a paz E quando a hora chegar Os a

Desperta Homem, Desperta! (Jocimar Pereira)

 O tempo seco avisa As queimadas estão chegando Uma prática antiga Que queima, mata, castiga E a temperatura vai aumentando A pergunta não quer calar: Para que tanta queimada? Pra todo lado fumaça Um triste mau que não passa Deixando a terra assada Junto com a terra muitas vidas Fauna e flora fritada Milhares de vida não visíveis A olho nu não perceptíveis  Morrem nessa tal queimada Sentindo a chegada do fogo No desespero para vida salvar Macaco e onça pintada A preguiça desesperada Sabe que não vai escapar O jabuti lentamente fugindo Consciente que o fogo vai alcançar Apavorado no casco se comprimindo E o fogo vai lhe consumindo Queimado em seu próprio lar Queimado em nosso próprio lar Iremos todos perecer Se não cuidar da casa comum Vamos queimar um por um Sapecados iremos morrer Desperta homem desperta É o momento de acordar Ainda há tempo de proteger E o nosso futuro  proteger Ainda dá tempo salvar Salvar a nós mesmos A vida humana está em perigo Extinguindo a fauna e a flora Que g

O que é que há? (Jocimar Pereira)

Porque está tão quente? Eu não consigo entender Porque está queimando? Eu pergunto pra você A noite já chegou Também não esfriou Não é suor são lágrimas E pela primeira vez... Meu corpo chorou O que é que há? O que aconteceu? Porque você calou? Porque não respondeu? O que é que há? O que tá acontecendo? A terra está subindo? Ou o sol está descendo? Mas vejo que calou E não me respondeu O teu silêncio fala Sobre o que aconteceu Tá com cara de culpado Que não sabe o que fazer Junte comigo a sua mão Vamos buscar resolver Preservação: precisamos discutir Poluição: vamos ter que excluir É dar as mãos E buscar resolver Ou com uma terra revolta Vamos ter que conviver E nessa batalha Todos iremos perder Atitude agora Ou iremos perecer  Enquanto há tempo vamos Nosso Planeta socorrer. A hora é agora Não podemos esperar O planeta grita por socorro Essa voz vamos escutar Fazendo ecoar o alerta Do Poeta Jocimar

Revolta da Natureza (Jocimar Pereira)

Depois de algum tempo desligado Hoje resolvi me ligar Acordei pra um novo tempo Escrever para um novo momento Que a humanidade começa a enfrentar Falo sobre o que já escrevi Algumas poesias publicadas Sobre a mudança que há tempo Que aumenta a força do vento Atiça o fogo, provoca queimadas O meu grito mais do que mudo Não ecoou foi abafado Pela ignorância, pela pouca atenção Pela força destruidora da ambição Que atinge até o que fica calado As consequências já não se esconde Dá até pra na pele sentir Parece que vamos queimar Há muita fumaça no ar O voz do fogo já posso ouvir São tantos eventos que mostram A natureza revoltada Cenas de destruição natural Algo apocalíptico, fenomenal Já não suporta calada Grita a mãe natureza Agora não é mais pra alertar É a conta que ela vem cobrando Afogado, sufocado ou queimando Alguém vai ter que pagar E não adianta reclamar Porque está quente demais O melhor é se perguntar Se tempo ainda vai dar E agora? O que a gente faz? Vamos fazer nossa parte E

O Trem e o Rio (Jocimar Pereira)

O trem barulhento Vive a me incomodar O rio silencioso Nem percebo passar O trem sobe e desce O progresso levando E nesse levar  do progresso O trem vai me incomodando Tem momentos que o trem Na sua infinidade de vagão Divide toda a cidade Efeito mão e contramão Quem tá de um lado não passa Para outro não pode passar E o trem parado porque? Só mesmo pra atrapalhar? E o rio descendo silencioso Sem ninguém aproveitar Enquanto em outros lugares O povo por água a gritar E o rio descendo silencioso Fazendo psiu pra calar Aquele que do sono da tarde Quer me fazer acordar E lá vem a buzina do trem Pense num trem barulhento Chão tremendo, telhas descendo Quem  mora perto sofrendo A ambulância não pode passar O trem parado está Esperando por quem? Quem espera este trem? E o rio vai passando Silencioso o trem vai olhando E sorrindo de nós O Rio, de bobo chamando Este trem que está aí parado Povo que suporta  calado Só vai trocar de maquinista Para seguir n

Capacidade de Julgar (Jocimar Pereira)

 As pessoas julgam Tribunais aleatórios Veredictos no olhar No falar, na cor Falsos relatórios As pessoas julgam Incrível nossa capacidade de julgar Já parou pra pensar Só sabemos condenar Injusta a forma,  desse tribunal atuar Está dentro de nós Parece natural Condenamos pela religião Pela classe, pela cor Injusto tribunal Esse tribunal grita Sem controle dentro do ser Quando se dá conta Já condenou alguém ou Alguém condenou você Um simples olhar Já faz o julgamento O réu nem é conhecido As provas nem existem Não há papel, nem documento O olhar descreve o réu A mente é o tribunal Processa tudo E faz o julgamento Condenação fatal É assim o ser humano E isso não vai mudar Quando encontrar você Mesmo sem conhecer Vai te julgar Parece uma viagem Mas é pura realidade Estamos a todos instante Julgando e condenado Sem buscar a verdade Nosso olhar para o outro Já forma uma opinião Sem nem sequer conhecer Já conseguimos descrever Sondamos até o coração E na maioria das vezes O engano vai preva

Coroataense - 103 anos (Jocimar Pereira)

 Lua brilhou Depois sumiu O sol raiou Oito de Abril Em minha terra comemorar 103 anos, Coroatá Tua cultura Está sempre à tua frente Os teus Poetas Cantam as glórias da tua gente POVO GUERREIRO, HOSPITALEIRO O TEU ORGULHO TEU TESOURO TEU PRESENTE Tu tens beleza Que em outro lugar não há Só com os olhos Do coração pra enxergar A tua gente Melhor presente, levam no peito Orgulho de ser deste lugar A tua gente Melhor presente Ter na origem,  filho de Coroatá.